De acordo com funcionários
públicos de nosso município, os mesmos sofrem com a defasagem salarial nos últimos
anos. A perda do poder de compra chega a níveis aterrorizantes se levados em
consideração os índices de inflação dos preços ao consumidor. Ou seja, o
reajuste salarial aplicado pelo governo anualmente não visa o aumento do
salário e sim a correção das perdas salariais com a inflação dos preços ao
consumidor, desta forma não reajustar o salário significa reduzi-lo de maneira
disfarçada já que o servidor não conseguirá comprar as mesmas mercadorias que
comprava antes sem a correção salarial.
Nos últimos anos o salário
tem sido ajustado apenas para aqueles que recebem um salário mínimo (pois de
acordo com a CLT, ninguém pode trabalhar recebendo remuneração salarial
inferior ao piso mínimo) ou que recebem como prestadores de serviço autônomo,
pois desta forma podem e tem o direito de estabelecer o valor de sua força de
trabalho, situação esta que não ocorre com o cidadão ocupante de cargos
superiores ao nível I regidos pelo defasado plano de cargos e salários de
Aporá. De acordo com os servidores, a tabela de cargos e salários deveria
constar dos seguintes valores caso a mesma sofresse as alterações necessárias
desde 2010:
Tabela consta reajuste salarial aplicados pelo governo federal em 2010 e
2011
De acordo com os cálculos na
tabela acima podemos perceber o tamanho da perda salarial a qual são submetidos
os servidores municipais regidos pela lei n. 125/2006 que deveria ser
atualizada anualmente e como pode ser visto está defasada desde 2006, sedo
acometido ao trabalhador migalhas sem critérios econômicos e sociais. Nós
funcionários a serviço da educação, conseguimos a aprovação da lei n. 151
A/2007, que reajustou nossos salários e nos garante uma melhor situação que a
dos demais, o que não significa que não estejamos vendo a situação de nossos
colegas.
As perdas salariais chegam a
35% nos cargos de nível II e III, significa que estes servidores deixam de
levar aproximadamente 1/3 dos alimentos que forneciam a suas famílias por causa
de uma política salarial negligente. E o mais assustador de tudo é que a atual
gestão é composta por funcionários públicos afastados temporariamente de suas
funções para o exercício de cargos comissionados ou eletivos que
temporariamente esqueceram-se de que poderão em breve voltar a receber o
salário injusto imposto a seus colegas de profissão, inclusive o prefeito.
Em nome dos servidores
públicos deste município, clamamos pela iniciativa dos políticos aporaenses para
a solução e libertação destas pessoas que constituem a engrenagem mor da
maquina pública aporaense. Inclusive espera-se que após a leitura deste artigo,
você caro leitor, comente e dê sua opinião para que desta forma ajude no
processo de construção de uma consciência moral e ética, quem sabe mostrando a
nossos representantes os mesmos ergam seus derrières*
dos acolchoados acentos legislativos e executivos e mostrem que não são cegos
para os problemas sociais de nosso município. Não se espera aumento salarial e
sim reajuste salarial, pois se supõe que os lideres escolhidos por nós saibam
distinguir a diferença entre estes termos.
derrières*
- termo francês para traseiro.
Autor: Crítico Social
Contato: criticosocial@live.com